Covilhanense abre unidade de Fibromialgia

O Centro Clínico da Mutualista Covilhanense passa a dispor de uma nova valência na área da saúde, exclusivamente dedicada ao tratamento da fibromialgia, uma novidade em Portugal, visto que atualmente a doença é tratada no âmbito de outras especialidades, em particular a reumatologia. A nova aposta chama-se Unidade de Fibromialgia e Síndrome de Sensibilidade Central e resulta de uma parceria com o médico espanhol José Arranz Gil, especializado em tratar a doença.
Para o presidente da associação, Nelson Silva, “esta nova Unidade assume grande importância, não só porque vem possibilitar aos doentes com fibromialgia da região o acesso a consultas especializadas, com um médico especialista e experiente, como potenciar uma nova investigação que junta uma entidade da Economia Social com atuação na área da saúde a duas universidades, com vista a um novo tratamento para uma doença que é crónica e sobre a qual há ainda tanto por descobrir”.
Nesta primeira fase, a Unidade de Fibromialgia e Síndrome de Sensibilidade Central dará início a consultas com o médico José Arranz Gil - com quem a AM firmou, no início de setembro, um protocolo -, que decorrem todas as terças-feiras da primeira quinzena de cada mês, sob marcação. As consultas estão abertas à população em geral, sendo que os associados da Mutualista Covilhanense beneficiam de descontos. A primeira consulta é de 60 euros (associados) e de 70 euros (não associados) e as seguintes são no valor de 50 euros (associados) e de 55 euros (não associados). As marcações podem ser realizadas através do nº 275 310 875.
Classificada pela Organização Mundial da Saúde apenas em 1990, a fibromialgia é uma enfermidade crónica caracterizada por queixas neuromusculares dolorosas e difusas, mas também pela presença de pontos de dor em regiões específicas, fadiga extrema e perturbações do sono, entre outros sintomas. Ainda não são muito bem conhecidas as causas da doença. A gravidade dos sintomas torna a fibromialgia muito incapacitante, com impacto negativo na qualidade de vida das pessoas afetadas. Estima-se que esta doença atinja cerca de 2% a 8% da população adulta em todo o mundo, dependendo dos países, em que 80 a 90% são mulheres.